Sono dos bebês, o que você precisa saber?

Muitos pais questionam quando vão conseguir dormir uma boa noite de sono novamente, especialmente depois que o bebê nasce. Não é fácil aguardar até que os pequenos encontrem um bom ritmo de sono e muita angústia pode surgir dentro das famílias. Neste artigo, você vai ver dicas de como melhorar o sono do bebê gradualmente.

É importante também saber que o ciclo de sono recebe influências biológicas, ambientais e sociais.

Conhecer as peculiaridades de cada fase norteia as expectativas dos pais, permitindo fazer ajustes de hábitos.

A evolução do ciclo do sono é um processo que exige mais tempo do que treinamento.

Não existe receita fixa, mas leia o texto até o final e confira as 7 dicas que vão ajudar a tornar essa fase um pouco mais leve.

 

Como melhorar o sono do bebê? Comece por aqui.

O sono é uma necessidade básica de vida, que influencia no crescimento e no desenvolvimento saudável.

Cada bebê tem um ritmo, por isso é fundamental evitar comparações. Veja as dicas:

 

1 . Reconheça os sinais de sono

No início, o bebê dorme por várias horas e, quando acordado, está mamando.

Com o passar dos primeiros meses, apresenta poucos momentos acordado, mas logo precisa dormir de novo.

Se o bebê chega ao choro, ele já está estressado, ou seja, já passou da hora de dormir e ele precisa ser acalmado primeiro, antes de dormir.

Além do bocejo, outros sinais também podem indicar que é momento de colocar o bebê para dormir: agitação excessiva de braços e pernas, riso excessivo, olhar fixo para o ambiente ou olhar intranquilo, mãos esfregando o rosto, as orelhas e a cabeça, entre outros.

 

2. Ritual para dormir

Busque uma rotina. Isso ajuda ele a assimilar as condições que o permitam relaxar. Um momento calmo e agradável transmite tranquilidade e segurança.

Alterações muito abruptas ou intensas do sono diurno podem afetar o descanso noturno. Considere que o bebê tem um intervalo médio de 3 horas entre seus cochilos.

 

3 . Horários regulares

No início, o ritmo do bebê independe do meio externo e não é afetado pelo dia/noite.

É por isso que muitos bebês acordam e parecem estar mais ativos à noite e na madrugada e têm sonos mais longos de dia.

Somente após 1-2 meses de vida é que o sono do bebê se aproxima do ciclo dia-noite.

Conforme ele cresce, você pode iniciar o ritual de dormir entre 18h e 20h, acompanhando a atuação do hormônio melatonina, responsável por induzir o sono.

No começo, é fundamental ter paciência, especialmente se ele chorar. Despertares são normais até os 6 meses. Porém, o processo de evolução do sono pode levar até 1 ano de idade.

 

4 . Cochilos durante o dia

Respeite as sonecas diurnas do bebê. Elas são fundamentais para um bom sono noturno.

Aos poucos, o bebê vai estabelecendo a vigília (período acordado) durante o dia, mas as sestas diurnas ainda precisam ser respeitadas até 3-5 anos.

É frequente a crença de que, se reduzir o tempo da soneca do dia, o bebê “terá mais sono à noite”. O resultado disso é um bebê mais irritado e com dificuldade de iniciar e manter o sono noturno.

O ritmo do bebê, especialmente recém-nascido, pode cansar os pais, mas mais ainda a mãe.

Por isso, ela deve aproveitar para esse momento para relaxar, tomar um banho despreocupadamente, fazer coisas de que gosta e cuidar de si.

 

5. Temperatura, luminosidade e atividade

Mantenha um ambiente agradável no quartinho do bebê. Se ele for dormir com fome, sentindo frio ou calor ou estressado, não terá uma noite tranquila.

Mantenha silêncio e luzes apagadas. No máximo, use um abajur com luz mais fraca na hora que antecede o dormir. Evite brincadeiras agitadas.

A cama deve ser adequada, plana, com colchão firme, sem objetos soltos como brinquedos. Evite tudo o que for estimulante, como telas (celulares e tablet), na cama ou perto da criança na hora de dormir.

 

6 . Amamentação e rotina de refeições

Estimule o aleitamento materno, mesmo à noite: nesse período, os níveis de melatonina e seus precursores no leite materno são mais elevados.

Já há trabalhos científicos mostrando que o aleitamento materno não previne os despertares noturnos dos bebês, mas aumenta o número de horas totais de sono noturno.

Por outro lado, já se demonstrou que oferecer fórmula infantil à noite pode evitar a fome noturna, mas pode afetar a amamentação e favorecer sobrecarga alimentar, sem causar redução no número de despertares do bebê.

Para os bebês que já tem uma rotina de refeições, busque um cronograma tal que o bebê não esteja com fome e também não tenha se alimentado demais na hora de dormir.

 

7. Clima de confiança em casa

O cansaço e o estresse na família podem atrapalhar o sono do bebê – o que aumenta a ansiedade de pais já sobrecarregados.

Dentre as várias “receitas” de como melhorar o sono do bebê, a de deixar o bebê chorando até ele que durma é uma das mais controversas.

Alguns pais se agarram a essa proposta como a uma boia durante um naufrágio – uma medida de desespero.

O estresse gerado no bebê – e na própria família – pode interferir na geração de confiança e segurança necessários para um bom início do sono.

 

8. Dormir com os pais

A cama compartilhada (coleito) e o quarto compartilhado (coabitação) também são conceitos com muitas opiniões divergentes.

A escolha de um, de ambos ou até de nenhum deles é da família e deve ser abordada caso a caso com o profissional de saúde.

O médico será capaz de oferecer as soluções de acordo com as necessidades especificas de cada bebê.

No início, dormir com os pais pode servir de estímulo ao vínculo e ao aleitamento, mas a família precisa receber toda a informação necessária sobre os prós e contras do procedimento, para uma tomada de decisão com autonomia.

 

Agora você já sabe como melhorar o sono do bebê. Tente por em prática essas 7 dicas e procure ajuda médica caso sinta necessidade.

 

A Casa Curumim é especializada em pediatria e aleitamento materno. Somos referência por ser a o primeiro espaço especializado em aleitamento materno de São Paulo. Clique e saiba mais. (https://casacurumim.com.br)

 

Este artigo tem a contribuição de:

Cleyton Angelelli – Pediatra, Alergologista, Imunologista e Homeopata

Sócio da Casa Curumim

CRM 85328